Na calma aparente dos meus sentidos mais apurados, procuro nestas páginas de escrita o caminho certo que me leva a ti. Tento fixar o teu olhar, a tua pele, e o teu toque...tudo o que sinto é como se eu e tu fossemos as únicas emoções vivas num lugar rodeado de maldade e interesse. É no prazer em que flutuas de forma serena que tento descobrir a minha volúpia, é na tua pele sedosa que procuro a minha calma, é o teu calor que me anima e me faz não saber quem sou quando não sinto o cheiro dos teus cabelos ou a forma dos teus seios. Sabendo que te vivo intensamente e que tento em vão penetrar no fundo do teu olhar que tentas a todo o custo desviar, evitas a intensidade dos meus sorrisos e a força dum orgasmo ou a leveza duma carícia. Não entendes que para mim é uma inquietação a tua estranha forma de me amar e que se formam tempestades cada vez que partes mesmo quando te manténs ao meu lado, que o tempo perto de ti é por vezes mais doloroso de que um abraço de despedida entre dias e noites de corpos que não dormem e se atormentam e confundem. É este caminho tortuoso que me ocupa o destino entre abraços e desencontros, entre noites despertas, passeios sucessivos e luares suados de paixão, ideias difusas sobre a realidade de vidas que se cruzam constantemente e nem sempre se encontram.
Tenho a certeza de que voltarás a caminhar comigo pelas margens calmas dum grande amor entre cumplicidades e trocas de sabores, e saberás nesse momento tudo aquilo que não tiveste, que é apenas aquilo que sempre desejaste, Eu.
2 comentários:
Fantástico, amigo. Adorei ler-te e que bem te compreendo cá de cima , dos meus sessenta...unessess
Retira os últimos "gatafunhos", isto já é falta de óculos...
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