domingo, 28 de junho de 2009

Os cheiros

Sinto que existo quando me vejo no brilho dos teus olhos ou quando os teus lábios sorriem de encontro aos meus. Consigo cheirar a força do teu amor quando me abraças e me sussurras que me amas, quando me olhas pela manhã entre um raio de sol e um pingo de chuva e acordas para mais um dia ao meu lado, a juntar aos muitos que já marcámos no calendário que tantos anos atrás pendurámos na porta do nosso amor, e que por mais folhas que vamos virando nunca acaba. Sempre que acordo ou adormeço numa nova folha da nossa vida, a imagem que me acompanha és tu, doce como toda a água que não é do mar, envolta num lindo olhar castanho que se reflecte num céu glorioso de onde irrompe a luz que nos acompanha desde sempre.
A delicadeza do aroma que brota dos teus gestos e das tuas palavras é suficiente para me iluminar a minha noite e me aquecer a alma em noites frias passadas em desertos áridos e despidos de ideias e conceitos. O sorriso que me lanças força-me a ter que te dizer, mais uma vez, que te amo, que apesar de tanta contrariedade, que para além de alguns pequenos aguaceiros, sabemos que amanhã o sol brilhará novamente e que seguiremos o nosso sonho de poder dentro de muitos anos, já velhinhos e de mãos dadas poder continuar a refilar um com o outro e a sentir o cheiro que nos persegue e nos fortalece.
Amo-te

MOMENTOS MARCANTES

São pedaços de vida, segundos eternos, momentos que nos tocam e que nos fazem crescer como pessoas e seres humanos, encontramos bocados de realidades que julgamos já pouco comuns nos dias de hoje e felizes damos por nós a pensar que afinal e felizmente para nós, continua a haver gente que se preocupa em não esquecer raízes, laços de amizade e de fraternidade, gente que mantêm bem viva recordações de lugares e de pessoas que alimentam as nossas mentes ao longo dos anos.
Começa a ser estranho de repente encontrar gente, descobrir pessoas que dão valor à vida, ao abraço, gente que vive sem a necessidade de amigos imaginários, que louva o toque dum amigo com a mesma facilidade e naturalidade com que ouve um qualquer programa de rádio, frases soltas que se atiram por mera distracção, linhas de pensamento fortes que nem sempre conseguimos explicar, mas que para nós são tão claras como a água gelada de uma fonte Joanina numa qualquer serra vestida de verde e banhada pelo sol quente de Agosto.
A verdade dos nossos sentimentos torna-se perfeitamente perceptível para quem como nós entende a vida sem amores platónicos, sem a necessidade de invejar quem quer que seja, somos capazes de amar porque somos grandiosos na capacidade também de perdoar, medimos o tempo em colheres de açúcar doce e cristalino e queremos sempre cada vez mais estar perto das nossas almas gémeas.
Na realidade, não somos mais do que peões que percorrem um espaço temporal que é curto, muito curto mesmo. Custa-me a mim entender o porquê de tanta intriga, inveja e afins, quando eventualmente amanhã já cá não estaremos.
Não me parece aceitável perder parte da nossa vida em constantes discusões que não tem suficiente inteligência nem delicadeza de sentimentos, devemos isso sim utilizar as nossas energias naquilo que realmente interessa, a partilha de memórias e sentimentos, o amor pelo próximo, uma frase feita que é o fazer bem sem olhar a quem cai aqui como doce de abóbora em requeijão, divinal.
Na vida temos momentos marcantes, uns mais do que outros é certo. Nem todos somos bafejados pela sorte, pela beleza, pela saúde e pelo dinheiro, mas todos nascemos pelo mesmo sitio, e todos vamos para o mesmo sitio quando morremos.
Neste intervalo de tempo, cabe-nos a nós embelezá-lo e torná-lo o mais agaradavel para nós e para aqueles que conosco privam. A afeição recíproca entre dois entes gera amizade a amor, gera confiança e momentos marcantes.

RECORDAR É VIVER

As recordações fazem parte integrante da nossa vivência.
Podem ser actos, palavras, lugares, momentos, objectos, sem que haja qualquer causa efeito em termos da importância que cada uma dessas recordações têm para cada um de nós. Os lugares / objectos de que falo hoje fazem parte integrante duma família, e passaram a partir de hoje a fazer parte também das minhas recordações.
Recordação de um dia excelentemente bem passado, dum lugar que inspira tranquilidade e confiança, duma pessoa fantástica cheia de pequenos grandes momentos, cheia de fabulosos detalhes que fazem da sua vida e daqueles que privam com ele um momento especial.
Obrigado Mário Pinheiro de Almeida por este dia, digno de um contador de histórias medieval que vive bem no nosso tempo, com as memórias que te fizeram ser a pessoa que és.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

.... pois a minha família.

Na vida, momentos de espanto irrompem-mos a mente e o coração, com factos que julgamos serem apenas de uma qualquer obra de ficção cientifica, um argumento de um qualquer filme feito com subsídios do estado e de qualidade duvidosa.
Mas não, está por aí em todo o lado, deixam-nos estupefactos, "banzados" com tamanha falta de educação, total ausência de decoro, são mentes perigosas que nos rodeiam e que até nos tocaram pela positiva num ou noutro momento das nossas vidas.
Gente que achávamos eram um exemplo para nós, gente que aprendemos a respeitar e a partilhar momentos importantes da vida.

Gente que não presta é o resultado da decepção.
Não consigo entender pessoas de memória curta, gente que hoje sim amanhã não, que apesar da memória de alguns ser um bom gravador, não se incomodam em desmentir tudo aquilo que em tempos disseram sem que para isso tenham de fazer grande esforço.
Na vida diz-se todos os dias se aprende, e ainda bem.
Aprendi aquilo que já sabia. Cada vez gosto mais de mim e da minha família, cada vez gosto mais da minha mulher e dos meus filhos.... Ahhh já tinha dito.... é isso, cada vez gosto mais da minha familia e cada vez é ela mais pequena, pois eu sei desculpem já tinha referido a minha mulher e os meus filhos.... pois a minha família.