terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Como se o amanhã não existisse

Hoje olhei para ti, como se o amanhã não existisse e a sensação de espiar no fundo do teu olhar meigo deixou-me profundamente calmo e enamorado...
Nem toda a chuva que caía copiosamente lá fora, como se alguém se tivesse lembrado de despejar um qualquer mar a partir das nuvens, conseguiu desviar a minha atenção da tua expressão séria e do teu odor adocicado, que me levam de viagem aos desertos áridos e ás praias mais distantes.
Provocas em mim imagens que não vêm nos livros e prazeres não descritos por um qualquer programa de viagem a lugares exóticos. Olhar-te, estar contigo, privar-te é algo que não se merece de todo, conquista-se com pequenos detalhes, como se de um tronco selvagem e tosco trabalhado, surgisse uma estátua, uma deusa ao amor, à dedicação e à vida a dois.
Hoje olhei para ti como se o amanhã não existisse, apenas e só porque hoje, agora, é esse o momento certo para te amar. Amanhã poderemos já cá não estar e não me perdoaria de tivesse perdido este momento. Ainda assim, se por acaso amanhã cá não estivermos, estaremos sempre juntos, e sempre mas sempre te olharei da mesma forma.

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