Nada do que me dizes faz sentido quando apenas emites sons que pretendem baralhar os meus sentidos mais nobres, ou quando aquilo que opinas não te vêm do coração.
Nada do que ouço me atemoriza quando te abres a mim, ou quando em silêncio me atinges na profundidade dos meus pensamentos mais debelitados, nem isso consegue acordar-me de um sonho carregado de fantasia ou meditação.
Conheço-te o suficiente para saber quando ousas desafiar a minha reflexão sobre assuntos que me levam ao retorno do pensamento sobre mim mesmo, ou a examinar uma ideia ou uma situação com a ponderação que seria adquada.
Sabendo que a consideração que colocas em todos os actos que a nós dizem respeito, dou por mim completamento refugiado no calor das tuas ideias, deixando-me de forma leviana seduzir por momentos breves e imprudentes que nem sempre arrebatam a forma simples de ser que te habituei a ver em mim.
Ora sou forte e reflectido ora não consigo deixar de ser imprudente e chamar-te à razão mais que óbvia de que sem mim não és nada.
Eu sou desde sempre a razão pela qual continuas a respirar e a consumir a luz que te aquece o corpo e o sol que te alumia a forma de me amares.
Ora me amas muito, ora me amas ainda mais, é já algo que não controlas, por mais que queiras abandonar esse cheiro empregnado de mim que absorveu o teu corpo e a tua vontade.
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