Alentejo profundo, milhares de metros quadrados de tudo e de nada, odores intensos a Pinheiro Manso e Azeitona, imensos campos de Oliveiras verdejantes alinhadas a régua e esquadro, imensas baías de água alimentam por todo o lado Azinheiras e Sobreiros. O gado pasta em enormes campos secos pelo calor enorme que banha a região, aqui e ali cavalos recolhem-se do sol à sombra de árvores que mais parecem ter sido plantadas por um artista, tal as formas que se nos apresentam e nos deixam extasiados com a beleza que encontramos aqui e ali.
Por todo o lado encontramos gente boa sentada à porta de cafés e bancos de rua, conversando sobre a vida, sobre aquilo que observam na televisão. Com olhar meigo, às vezes talvez um pouco desconfiados não vá aparecer mais alguém que os queira convencer a trocar as velhas notas que guardam em casa, nunca deixam de arrematar um "boa tarde" a quem passa.
A educação e as boas maneiras chegaram ao Alentejo e por lá se mantiveram até aos nossos dias. Calcorreamos quilómetros de estradas acompanhados pelos ventos quentes que afagam as herdades pelo caminho, rectas enormes cheias de tudo e coisa nenhuma.Tempos a tempos cruzamo-nos com gente que trabalha, trabalho árduo nas lides do campo, carroças cheias de uvas da vindima que é tempo dela, máquinas agrícolas constroem enormes fardos de palha que alimentarão o gado até à próxima apanha, mulheres já de certa idade agachadas pelos campos apanhando abóboras e outras culturas.
Uma vida árdua nesta região fantástica que apetece de alguma forma experimentar. Para além desta azáfama na reforma agrária, a vida parece parar por ali. Atravessámos aldeias inteiras em que não se viu uma única pessoa na rua. No entanto a vida está lá, e apesar de dura aquela gente é duma simpatia extrema. Muita gente idosa, muita sabedoria para espalhar, muita preocupação estampada nas faces gastas pelo sol e pela dureza de anos de trabalho duro. Em tempo de eleições aquela vasta região não foge à regra Nacional. Promessas e mais Promessas de todos os candidatos. Por todo o lado enormes cartazes com caras mais ou menos conhecidas, afirmam que vão colocar este ou aquele lugar no mapa. Vote em ".........." para ser feliz aqui, lembro-me de ter visto um cartaz de uma senhora muito bem arranjada que representava o Partido "...." com cara de quem nunca soube o que eram dificuldades na vida. Não que, para se ser um bom candidato seja necessário ser um pé descalço, antes pelo contrário, mas encontrei vida a menos e promessas a mais por aquelas bandas, e mais do que isso, enormes quantias de dinheiro gastos em centenas de cartazes enormes que infestam a beleza duma região.
Ao longo de muitas estradas, por serras e vales as empresas são menos do que certamente é necessário, há vilas onde é difícil perceber onde trabalha aquela gente, para além de trabalharem a terra que Deus nos deu. As grandes Herdades estão muitas delas transformadas em "Turismo Rural" e servem os interesses daqueles que já têm muito e dos poucos trabalhadores que a baixos salários as mantêm em funcionamento.
Mas muito para além daquilo que não há no Alentejo profundo, há vida, odores fabulosos, paisagens deslumbrantes, gente simpática, imagens inesquecíveis, um branco por todo o lado que arrepia e arrefece, azuis e amarelos que se misturam com o verde das árvores e o castanho seco das pastagens de gado. Naquela terra ao contrário de outras, há vontade de voltar, sempre que possível.
Por todo o lado encontramos gente boa sentada à porta de cafés e bancos de rua, conversando sobre a vida, sobre aquilo que observam na televisão. Com olhar meigo, às vezes talvez um pouco desconfiados não vá aparecer mais alguém que os queira convencer a trocar as velhas notas que guardam em casa, nunca deixam de arrematar um "boa tarde" a quem passa.
A educação e as boas maneiras chegaram ao Alentejo e por lá se mantiveram até aos nossos dias. Calcorreamos quilómetros de estradas acompanhados pelos ventos quentes que afagam as herdades pelo caminho, rectas enormes cheias de tudo e coisa nenhuma.Tempos a tempos cruzamo-nos com gente que trabalha, trabalho árduo nas lides do campo, carroças cheias de uvas da vindima que é tempo dela, máquinas agrícolas constroem enormes fardos de palha que alimentarão o gado até à próxima apanha, mulheres já de certa idade agachadas pelos campos apanhando abóboras e outras culturas.
Uma vida árdua nesta região fantástica que apetece de alguma forma experimentar. Para além desta azáfama na reforma agrária, a vida parece parar por ali. Atravessámos aldeias inteiras em que não se viu uma única pessoa na rua. No entanto a vida está lá, e apesar de dura aquela gente é duma simpatia extrema. Muita gente idosa, muita sabedoria para espalhar, muita preocupação estampada nas faces gastas pelo sol e pela dureza de anos de trabalho duro. Em tempo de eleições aquela vasta região não foge à regra Nacional. Promessas e mais Promessas de todos os candidatos. Por todo o lado enormes cartazes com caras mais ou menos conhecidas, afirmam que vão colocar este ou aquele lugar no mapa. Vote em ".........." para ser feliz aqui, lembro-me de ter visto um cartaz de uma senhora muito bem arranjada que representava o Partido "...." com cara de quem nunca soube o que eram dificuldades na vida. Não que, para se ser um bom candidato seja necessário ser um pé descalço, antes pelo contrário, mas encontrei vida a menos e promessas a mais por aquelas bandas, e mais do que isso, enormes quantias de dinheiro gastos em centenas de cartazes enormes que infestam a beleza duma região.
Ao longo de muitas estradas, por serras e vales as empresas são menos do que certamente é necessário, há vilas onde é difícil perceber onde trabalha aquela gente, para além de trabalharem a terra que Deus nos deu. As grandes Herdades estão muitas delas transformadas em "Turismo Rural" e servem os interesses daqueles que já têm muito e dos poucos trabalhadores que a baixos salários as mantêm em funcionamento.
Mas muito para além daquilo que não há no Alentejo profundo, há vida, odores fabulosos, paisagens deslumbrantes, gente simpática, imagens inesquecíveis, um branco por todo o lado que arrepia e arrefece, azuis e amarelos que se misturam com o verde das árvores e o castanho seco das pastagens de gado. Naquela terra ao contrário de outras, há vontade de voltar, sempre que possível.