domingo, 28 de junho de 2009

Os cheiros

Sinto que existo quando me vejo no brilho dos teus olhos ou quando os teus lábios sorriem de encontro aos meus. Consigo cheirar a força do teu amor quando me abraças e me sussurras que me amas, quando me olhas pela manhã entre um raio de sol e um pingo de chuva e acordas para mais um dia ao meu lado, a juntar aos muitos que já marcámos no calendário que tantos anos atrás pendurámos na porta do nosso amor, e que por mais folhas que vamos virando nunca acaba. Sempre que acordo ou adormeço numa nova folha da nossa vida, a imagem que me acompanha és tu, doce como toda a água que não é do mar, envolta num lindo olhar castanho que se reflecte num céu glorioso de onde irrompe a luz que nos acompanha desde sempre.
A delicadeza do aroma que brota dos teus gestos e das tuas palavras é suficiente para me iluminar a minha noite e me aquecer a alma em noites frias passadas em desertos áridos e despidos de ideias e conceitos. O sorriso que me lanças força-me a ter que te dizer, mais uma vez, que te amo, que apesar de tanta contrariedade, que para além de alguns pequenos aguaceiros, sabemos que amanhã o sol brilhará novamente e que seguiremos o nosso sonho de poder dentro de muitos anos, já velhinhos e de mãos dadas poder continuar a refilar um com o outro e a sentir o cheiro que nos persegue e nos fortalece.
Amo-te

2 comentários:

Laura Sarmento disse...

E numa manhã cinzenta de Domingo, encontro um raio de sol quando vejo os teus olhos poisados em mim, palavras lindas escritas no escuro da noite que eu leio de manhã, e renovo a minha vontade de ficar contigo sempre, meu doce quezilento, meu amor de todos os dias.

lili laranjo disse...

Vim desejar bom fim de semana e convidar a buscar o selo que tenho para oferecer.

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Sol bonito


Sol
Muito sol…
Calor
Muito calor…
E tranquilamente
Com passos curtos
Muito curtos…
Avanço devagarinho
E entro na água
Água do mar…

Mar quente e belo
Mar que atira…

Com fúria
A água
Para o meu corpo…

E dentro da água
Sinto o bater das ondas
E tranquilamente…

Deixo-me acarinhar
E deixo-me embalar
Pela suavidade
Do mar…

Lili laranjo